Então foi mais ou menos isso que aconteceu com "Coração de Tinta", filme lançado em 2008, baseado na obra de Cornelia Funke e estrelado pelo astro Brendan Fraser.
Em "Coração de Tinta" Mortimer (Brendan) um simples restaurador de livros esconde de sua filha Meggie um dom muito "interessante", ele tem a a capacidade de trazer os personagens dos livros à vida quando os lê em voz alta. Ele descobriu esse dom, ao ler o livro "Coração de Tinta" e acidentalmente trazer ao mundo real alguns de seus personagens, incluindo o terrível vilão Capricórnio. Porém Meggie só descobre tudo isso quando os vilões do livro voltam a procura de seu pai para usar esse poder em seus planos e assim eles embarcam no mágico e perigoso mundo de "Coração de Tinta" enfrentando os vilões e lutando para salvar a própria pele.
O livro é incrível, a ideia de usar a metalinguagem, ou seja, um livro que fala sobre um livro, foi uma tacada de mestre da autora, tem aventura do início ao fim e um enredo muito bem estruturado, é um daqueles livros que dá gosto de ler.
Não é legal quando resumem demais e acabam retirando partes que eram importantes para entender o enredo, e é pior ainda quando mudam tudo que está no livro. E infelizmente foi isso que virou o roteiro de "Coração de Tinta", uma ideia incrível que no filme acabou se tornando confusa, rápida e desestruturada, quase tudo foi brutalmente modificado. Eu me arrisco a dizer que até quem não leu o livro não vai se encantar com o filme, que infelizmente não conseguiu passar a magia de "Coração de Tinta" para as telonas!
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